Resenha Crítica: Parece analítico sobre a BNCC – Ciências da Natureza

 

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DO RIO GRANDE DO SUL

Campus Vacaria

Licenciatura em Ciências Biológicas

Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência Pibid/Capes-IFRS

            Com base na leitura do parecer é possível observar que essa análise feita pelo autor é extremamente importante. Muitas vezes ao apenas ler a BNCC, certas coisas/detalhes passam desapercebidos, e quando alguém faz esse tipo de parecer apresentando uma visão e um entendimento diferente daquele visto num primeiro momento, nos faz refletir sobre até que ponto seguiremos tal base.

            De início o autor começa fazendo crítica ao compromisso da Área de Ciências da Natureza no Ensino Fundamental. E concordo, a definição realmente não é clara. O termo “ideia de ciência” é muito mal empregado no texto. Sobre a integração das unidades temáticas o artigo descreve que essa integralização não ocorre, o que justamente é o objetivo a partir do momento em que foram divididas. Realmente, em determinados anos do ensino fundamental não é possível observar essa integridade. Mas em outro sim, na unidade temática Terra e Universo é possível sim verificar de forma clara a gradação e o aprofundamento no conteúdo.

            Outra observação, muito bem feita pelo autor é com relação a escolha dos nomes das unidades e seus conteúdos. Nas unidades dos Organismos e Ecossistemas, os organismos humanos não aparecem, fazem relação apenas aos animais e plantas. O homem é tratado em uma unidade chamada “Ser humano, saúde e qualidade de vida”. Isso é algo que precisa ser revisto com urgência, uma vez que dessa forma estamos afirmando aos discentes que sim, o ser humano sempre estará no topo da cadeia, o que é uma barbárie e normatizamos chamando-o de “ego”.

            Concordo com o autor na maioria das críticas feitas, mas em algumas discordo. Algo muito importante é levar em consideração que em 3 anos desde a última edição da BNCC o mínimo que esperamos que muitas coisas sejam interligadas, outras excluídas as quais não condizem com o cenário atual e principalmente incluir muitas coisas, como abordar a orientação sexual e identidade de gênero e não apenas falar de sexualidade de uma forma simplória. Afinal, o objetivo é estar em constante transformação e claro, para melhor.