quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Pesquisa sobre a construção de um terrário

 













Post elaborado em grupo sobre Cegueira Botânica










 

ANÁLISE DO CAPÍTULO DO LIVRO CEGUEIRA BOTÂNICA

 Livro: Aprendizado ativo no ensino de botânica

Artigo 2: Cegueira Botânica e sua mitigação: um objetivo central para o processo de ensino-aprendizagem de Biologia Suzana Ursi, Kelma Cristina de Freitas, Diego Tavares Vasques.


  1. Quem introduziu o termo “cegueira botânica”, e quando?

Este termo foi introduzido no ano de 1988 por James H. Wandersee e Elisabeth E. Schussler.


  1. O que é cegueira botânica?

Os artigos de Wandersee e Schussler (1999,2001), definem a cegueira botânica como:

Incapacidade de enxergar ou notar as plantas em seu próprio ambiente, acarretando:

• incapacidade de reconhecer a importância das plantas na biosfera e para o cotidiano dos seres humanos;

• incapacidade de apreciar os aspectos estéticos e biologicamente únicos das formas de vida pertencentes ao Reino das Plantas;

• comparação equivocada, em uma concepção antropocêntrica, das plantas como inferiores aos animais, levando à conclusão errônea de que plantas são seres inferiores e, portanto, menos dignos da atenção/valorização humana.


  1. Quais os principais sintomas da cegueira botânica? Você já conheceu alguém, ou já apresentou você mesmo, esses sintomas? Exemplifique, se a resposta for afirmativa. 

Os principais sintomas são perceber a presença das plantas, acreditar que são apenas um cenário para a vida animal, compreender de forma equivocada as necessidades vitais das plantas, negligenciá-las, ser insensível, dentre outras...

Eu apresentei a maioria destes sintomas por 19 anos, até que o curso de Licenciatura em Ciências Biológicas “me abriu os olhos” e me sensibilizou de uma forma com relação as plantas que não consigo nem descrever. Mas arisco em dizer que a maioria das pessoas apresentam esses sintomas. Minhas avós foram as primeiras pessoas que me aproximaram e fizeram com que eu me apaixonasse por plantas, ou melhor, folhagens... Eu achava que estava intimamente ligado com as plantas de uma forma geral, quando na verdade só enxergava folhagens e buscava somente por elas, afinal era o que eu conhecia.

  1. Quais princípios de percepção visual humana podem explicar a cegueira botânica? Cite os princípios, e comente aquele (s) que te chamou mais atenção. 

Princípio 1: Os humanos podem reconhecer visualmente apenas aquilo que já conhecem. A desatenção pode se tornar atenção quando um objeto ou evento ganha significado. Muitas vezes, vemos o que esperamos ver, pois tal atividade não envolve apenas os olhos, mas sim o sistema olho-cérebro. 

Princípio 2: Se os membros de um conjunto de objetos não são suficientemente distintos de seu entorno, eles se misturam e nada é percebido conscientemente. Vê-los e percebê-los torna-se um desafio de detecção visual maior se comparado ao que ocorre com objetos dinâmicos e bem definidos, destacados de seu entorno. Ainda, humanos tendem a ficar entediados e se acomodarem quando olham uma cena relativamente constante por muito tempo. 

Princípio 3: A proximidade estática é uma indicação visual que humanos usam para agrupar objetos em categorias visuais.

Princípio 4: A visão humana opera para minimizar o gasto energético. Estima-se que a cada segundo, os olhos geram mais de 10 milhões de bits de dados para processamento visual, mas o cérebro extrai apenas cerca de 40 bits e processa totalmente apenas os 16 bits que alcançam nossa atenção consciente. Assim, elementos aos quais atribuímos um nível de baixa prioridade podem ser descartados, tornando o processamento visual mais fácil.

Princípio 5: O cérebro usa padrões de espaço, tempo e cor para estruturar a experiência visual. Sendo fundamentalmente um detector de diferença, quando o cérebro não as detecta, o campo perceptivo não é estimulado. 


Os princípios que mais me chamaram atenção foi o 1 e 2, pois vai de encontro ao meu relato na questão anterior, que nós humanos reconhecemos visualmente aquilo que já conhecemos. No meu caso as folhagens e também que percebemos ligeiramente aquilo que é atrativo (ao senso comum) como a cor e textura das flores. 


  1. Quais são os fatores apontados no texto como causas da cegueira botânica? 

Descrevem que o papel cultural e os problemas do Ensino de Botânica como umas das causas fundamentais da cegueira botânica. Já Gagliano (2013) revela que ideia as plantas serem vistas como inferiores vem desde a Grécia Antiga. Essa visão sobre a natureza se arrastou até a atualidade pelo Cristianismo e o Cartesianismo, promovendo uma recorrente apresentação dos vegetais como inferiores aos animais em obras didáticas (MONTEIRO,2019).


  1. Qual é a relação entre a cegueira botânica e o ensino?

O capítulo descreve que Cegueira Botânica é fomentada pelo ensino de botânica como desestimulante e pouco significativa, acabam dificultando o ensino e se faz necessário discutir sobre as possibilidades pedagógicas capazes de aproximar a botânica dos alunos e professores, com o objetivo de que o processo de ensino-aprendizagem seja motivador e efetivo.

Fazem uma crítica ao ensino de botânica nas licenciaturas que muitas vezes são voltadas apenas para conteúdos conceituais e desenvolvidas através de métodos tradicionais de ensino. 


  1. Qual é o papel dos professores na mitigação da cegueira botânica?

Buscar atividades pedagógicas motivadoras e efetivas, o capítulo ainda relata de como uma formação deficiente pode impactar diretamente na educação básica. E corre-se o risco de termos professores com estratégias didáticas e que ministrem o conteúdo de uma desarticulada. Nota-se que independentemente de que lado os professores vão estar é extremamente necessário a formação continuada, seja ela sobre estratégias pedagógicas ou o ensino de botânica pois esses dois conceitos devem caminhar juntos.


  1. Quais são as principais críticas apontadas no texto para a utilização do termo cegueira botânica? Comente as principais apontadas pelo texto. 

As críticas são em relação ao termo "cegueira" o qual contribuiria para o capacitismo de deficiências visuais e então propõe fazer o uso da palavra "disparidade". 

Sobre o termo "Botânica" há críticas sobre o que a palavra indica, a ciência, mesmo os autores Wandersee e Schussler enfatizando às plantas. Outra substituição do termo sugerido em uma dissertação de mestrado é a "Invisibilidade Botânica" o qual os autores do capítulo não concordam, afinal a invisibilidade também é uma característica da planta.


  1. Segundo o texto, quais dimensões devem ser consideradas para a promoção do Ensino de Botânica a serviço da Educação Científica? Comente cada um deles. 

Ambiental — motivando a análise do impacto da atividade humana no meio ambiente e a busca de soluções para os problemas decorrentes;

Analisar o impacto da atividade humana no meio ambiente é fundamental e entender que as plantas fazem parte desse ambiente e que estão sim ameaçadas faz com que busquemos soluções para estes problemas. Claro que não fazemos nada sozinhos, muitas vezes dependemos do Estado e aí entra o papel do cidadão.

Filosófica, cultural e histórica — levando à compreensão do papel da ciência na evolução da humanidade e sua relação com religião, economia, tecnologia, entre outros;

Levar em consideração esses aspectos como: religião, economia, tecnologia, são importantes pois orientam a sociedade de certa forma, grande parte de nossas ações estão ligadas à nossa religião, a economia e a tecnologia nos remete a inovação, inovar a partir da história e da cultura. 

Ética — estimulando a análise e argumentação sobre assuntos polêmicos vinculados às questões científicas que são divulgados pelos meios de comunicação em massa, como aborto, eutanásia, biodiversidade e relações internacionais, propriedade de descobertas científicas, entre outros;

A ética é uma das nossas maiores virtudes enquanto seres humanos, é como uma barreira entre o certo e o errado e que muitas vezes pela falta por parte de governantes e chefes de estado pagamos ou ainda vamos pagar um preço muito alto sobre determinadas ações.

Médica — auxiliando a compreensão de conceitos biológicos básicos que estão estreitamente relacionados a prevenção e cura de doenças.

Essa dimensão é uma das que mais representa os brasileiros, principalmente os mais velhos, uma vez que valorizam os medicamentos, os chás e auxiliam na cura e prevenção de doenças. Sem contar na infinidade de plantas que são utilizadas para desenvolver fármacos e juntos movimentam a economia. 

Estética — promovendo a percepção do ambiente e sua biodiversidade pautando-se na integração entre razão-imaginação-sentimentos-emoções, resultando em valores e atitudes potencialmente transformadores do cotidiano; 

A preocupação com a estética é algo forte, e o bem-estar muitas vezes está relacionado às plantas. 


  1. Segundo o artigo, quais abordagens de ensino-aprendizagem podem ser utilizadas para aprimorar o ensino de botânica e mitigar a cegueira botânica? Comente cada uma das abordagens mencionadas no texto. 

Ensino por Investigação: é uma abordagem que possibilita que os alunos construam o conhecimento investigando, mas ensino por investigação não significa aula prática, pode-se investigar dentro da sala de aula e cabe ao professor ser o mediador dessa investigação e motivá-los. 

Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática: trata-se de uma abordagem que se baseia na resolução de problemas através de projetos interdisciplinares.  

Ensino Híbrido: é a educação através de elementos virtuais, fazendo o uso das TICs, ou seja, fazendo o uso das mais diversas ferramentas digitais para subsidiar as atividades e a construção do conhecimento.

Abordagem CTSA (Ciências, Tecnologia, Sociedade e Ambiente): visa o pleno desenvolvimento do cidadão para além da academia, para que se desenvolva a criticidade mostrando que a ciência e tecnologia permeiam na cultura e estão presentes no cotidiano. 

Metodologias de Aprendizado Ativo: é o ensino protagonizado pelos estudantes onde o professor se torna um mediador da construção do conhecimento.


domingo, 25 de julho de 2021

Análise da devolutiva das atividades assíncronas – Meio Impresso

 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DO RIO GRANDE DO SUL

Campus Vacaria

Licenciatura em Ciências Biológicas

Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência Pibid/Capes-IFRS



  1. Quantas atividades foram entregues? 19.


  1. Os estudantes conseguiram responder todas as atividades propostas? Se não, quais podem ter sido os motivos da não realização dessa atividade?


A maioria dos estudantes conseguiram realizar as atividades propostas, analisando as atividades é possível perceber que alguns não entenderam muito bem o que era pedido na atividade 3, talvez a atividade pudesse ser ajustada para um melhor entendimento do estudante. 


  1. As respostas dadas foram satisfatórias? Alguma que te chamou mais a atenção?

Sim, algumas respostas foram bem mais que satisfatórias. 

A que mais me chamou a atenção foi a da aluna Luiza, um capricho na atividade, uma letra linda e as suas respostas muito bem elaboradas. 

Segue abaixo a atividade da aula Luiza: 


  1. É possível avaliar a aprendizagem dos estudantes por meio das atividades assíncronas? Quais seriam os pontos positivos e as limitações desta metodologia de avaliação, neste momento de aulas remotas?

É possível sim, notei um pouco de dificuldades naqueles que não participaram das duas aulas síncronas, já aqueles que participaram das duas aulas conseguiram ter um melhor desempenho na atividade. O ponto positivo foi a quantidade de atividades entregues, realmente me surpreendeu, não esperava uma devolutiva tão bacana e as limitações é não conseguir alcançar aquele aluno que não conseguiu participar das aulas síncronas e que talvez não tenha compreendido muito bem o tema apenas com a aula impressa. 


  1. Quais foram as dificuldades encontradas no momento de corrigir e avaliar as atividades entregues?

Não encontrei dificuldades em corrigir as atividades, muito pelo contrário. 


  1. O rendimento/respostas dos estudantes foi o que você esperava?

Foi muito mais do que eu esperava, na maioria foram respostas bem completas e mesmo aquelas um pouco mais “enxutas” foi possível perceber que o objetivo foi alcançado com sucesso. Foi realmente muito empolgante analisar e corrigir as atividades, ter o momento de avaliação do aluno e também do professor, perceber as coisas que podemos melhorar, mas identificar que você atingiu teu objetivo é maravilhoso. 


  1. Entre as atividades propostas, teria alguma que você poderia ter planejado de modo diferente? Por quê?

Sim, a terceira atividade da folha. Como citei acima ela poderia ser ajustada, uma vez que indicamos que alunos registrassem em seus cadernos as mudanças de estados observadas nas suas casas, alguns não registraram na folha de atividades e acredito que tenham feito em seu caderno.


Resumo da abertura do I Encontro do PIBID

 

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DO RIO GRANDE DO SUL

Campus Vacaria

Licenciatura em Ciências Biológicas

Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência Pibid/Capes-IFRS

 

Mesa redonda:

- Professora Claudia Candido Diretora da E.E.E.F. Cristóvão Colombo (Mat-Canoas)

A professora Claudia relatou a alegria que é ter os bolsistas do PIBID dentro da escola, o quanto os alunos gostam para presença deles e inclusive algumas turmas que não tem bolsistas gostariam de ter também. Segundo ela é impressionante a diferença que os bolsistas fazem dentro do ambiente escolar, trazendo ideias, inovações... Para finalizar sua fala, falou da importância dos professores e equipe diretiva apoiar os bolsistas e incentivá-los a seguir à docência.

- Professora Carolina Casco Duarte Schlindwein Supervisora na E.E.E.M. Dr. Oscar Tollens (Bio/Quim-POA)

Professora Carolina nos relatou a revolução que os bolsistas causaram na escola, revitalizando os laboratórios de ciências da natureza e também o de informática, trazendo vida para aquilo que a um bom tempo não era utilizado pelos alunos. Os bolsistas também trabalharam fortemente sobre a feira de ciências quando as aulas ainda eram presencial e agora com a pandemia seguem trabalhando em cima disso e inclusive irão realizar mesmo com todas as adversidades do momento os alunos, bolsistas e professores estão se dedicando para o sucesso da feira.

- Professora Cassiana Grigoletto Coordenadora de área no campus Restinga do IFRS (LP-Restinga)

A professor Cassiana enfatizou a importância dos bolsistas terem essa vivencia da realizada escolar, fazendo relação com o diálogo entre a formação docente com a prática. Segundo ela a troca de experiências e conhecimento entre os bolsistas e a comunidade escolar num todo é muito rica e acha que nesse momento, com a pandemia, não está sendo possível ter essa troca. E ainda nos deixou pensativos ao indagar “Qual é o papel da escola e dos professores na formação de novos docentes?”.

- Professora Marine Lisbôa Alves Ferreira Supervisora na E.M.E.F. Governador Leonel Brizola e ex-bolsista do PIBID IFRS (Mat-Caxias)

A professora Marine fez um breve relato sobre as aprendizagens e vivências que teve no PIBID e que muitas delas agregaram de forma positiva para sua vida docente. Falou sobre a importância do programa para as escolas, para que de certa forma os bolsistas tragam novas propostas, novas vivências e pensem fora da “caixa”. Segundo ela, os professores encontram uma grande dificuldade de seguir inovando as aulas e buscar novidades, preparar jogos, entre outros...

Apresentação da Ferramenta Digital Seneca Learning no I Encontro do PIBID do IFRS.

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